Política

Lava Jato / Governador do Rio é preso após recebimento de propinas em mesadas

Pezão ganhava mesada de R$ 150 mil e até 13º transportados em envelopes azuis, diz delator.

Aos gritos de “pega ladrão” governador do Rio Luiz Fernando Pezão (MDB) é preso na Operação Lava Jato na manhã desta quinta-feira, (29). Segundo delator, Pezão ganhava mesada de R$ 150 mil e até 13º, os recursos eram transportados em envelopes azuis para não chamar atenção e começaram a ser pagos em março de 2007 e perduraram até março de 2014, quando Cabral saiu do governo,” afirmou o delator Carlos Miranda ‘o homem de Sérgio Cabral’ já preso na Operação.

Em delação premiada, Carlos Miranda afirmou que Luiz Fernando Pezão recebia propina em envelopes azuis para não chamar a atenção. Além do pagamento mensal de R$ 150 mil, havia o pagamento de um 13º também no mesmo valor no final do ano; que os recursos eram transportados em envelopes azuis para não chamar atenção”, afirmou o delator. Miranda disse também que ele próprio separava os recursos “após o recolhimento de propina nas empreiteiras e prestadores de serviço do Estado do Rio de Janeiro”.

“O valor de R$ 150 mil, pelo seu volume, tinha que ser acondicionado em dois ou três envelopes; que os pagamentos começaram em março de 2007 e perduraram até março de 2014, quando Cabral saiu do governo.”

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, preso, não só fez parte do esquema de corrupção de Sérgio Cabral como também desenvolveu um mecanismo próprio de desvios quando seu antecessor deixou o poder. É o que afirmam autoridades da Lava Jato mobilizadas na Operação Boca de Lobo. Pezão é o primeiro governador do RJ preso durante o exercício do mandato. Outras seis pessoas foram presas nesta quinta-feira.

As investigações apontam que era cobrada taxa média de 5% de contratos do estado para benefício próprio de Pezão e perpetução do esquema criminoso. Um dos “acordos” chegou a 8% do valor.