Ceará

Lava Jato / Empreiteiras confessam corrupção durante governos de Tasso e Alckmin

Odebrecht e Camargo Correria confessam cartel (fraude em licitações) durante governos tucanos de Tasso Jereissati no Ceará e Geraldo Alckmin em São Paulo, nos períodos entre 1998 e 2005 e o período entre 2008 e 2013.

A empreiteira admitiu integrar, ao lado de Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, e Queiroz Galvão, o grupo de empresas que definiram as bases do cartel. Outras 19 empreiteiras teriam atuado para fixar preços e dividir licitações por meio de apresentação de propostas de cobertura.

Os signatários apontaram, ainda, sete empresas como possíveis atuantes dessa fase da conduta, já que participaram das licitações em consórcio com empresas alinhadas ao cartel. A empreiteira Camargo Corrêa admitiu participar de cartel em licitações em metrôs em vários estados. A linha leste, em Fortaleza, é uma delas. No caso da capital cearense, o conluio teria sido planejado, mas não colocado em prática. A Camargo Corrêa integrou o consórcio que ficou em segundo lugar na licitação, juntamente com Queiroz Galvão e Marquise.

No primeiro período, seis obras tiveram suas licitações contaminadas pelos acordos anticompetitivos do clubinho das empreiteiras: Metrô de Fortaleza, Metrô de Salvador, Linha-3 do metrô do Rio, Linha 4-amarela do metrô de São Paulo; e duas licitações para a linha 2-verde de São Paulo.

Em nota, o Cade afirma que em oito licitações realizadas entre 2008 e 2013, “os acordos foram planejados, mas não chegaram a ser implementados por razões alheias ao cartel”. Entre elas, a linha leste do Metrofor, finalizada em 2013 quando Cid Gomes era o governador.