Política

Lava-Jato / Antes rivais, agora unidos de olho na Lava-Jato em 2018

Citados em delações e alvos de inquéritos ou ações, nomes como Eunicio Oliveira e Cid Gomes, cotados para cargos majoritários no Executivo, agora traçam planos nas disputas do ano que vem. O mandato garante a prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal.

Eunicio Oliveira (PMDB-CE) “se movimenta para ser candidato à reeleição em 2018 e não ao governo do estado, como queria até então”. Em 2014, quando ainda tinha mais quatro anos de mandato, ele se candidatou a governador. Acabou em segundo lugar, derrotado pelo petista Camilo Santana (PT). Agora, Eunício não só quer disputar o Senado novamente, como negocia com Camilo, seu antigo adversário e atual governador, para estar na mesma chapa que o grupo dele no pleito do próximo ano.

“Caso a aliança se concretize, Camilo tiraria Eunício da disputa pelo governo. (…) Um novo mandato garantiria foro privilegiado ao peemedebista, investigado na Operação Lava Jato.”

No Amazonas, os dois senadores, Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Graziottin (PC do B), também estão revendo os planos para 2018.

As mudanças de planos e cenários nos Estados contribuem agora para a união de antigos adversários. Além do Ceará, essa aproximação vem acontecendo em Estados como Tocantins e Mato Grosso do Sul. No Tocantins, o atual governador, Marcelo Miranda (PMDB), negocia com o senador Ataídes Oliveira (PSDB), seu adversário político histórico no Estado. O acordo desenhado entre os dois prevê que Miranda dispute o Senado e o tucano, o governo do Estado.

A Lava Jato também colocou em dúvida ou até inviabilizou candidaturas, como a dos ex-ministros Henrique Eduardo Alves (RN) e Geddel Vieira Lima (BA), ambos do PMDB e presos preventivamente – por tempo indeterminado.